quarta-feira, 1 de setembro de 2010

EU: PARTE MEMÓRIA

Olá meus caros e importantes visitantes!

Começo este post lembrando da emoção espontânea que senti ontem à noite na Universidade. Mas antes disso, relembro que ainda pela tarde, meu peito se enxarcou de angústia e agonia. Fui dar uma volta ao sair do trabalho, pra tentar fazer o ar circular melhor nos pulmões. Porém, de pouco adiantou. Mas foi a noite que uma lufada de boas memórias me acalentou.

ANTES DA NOTALGIA, UM TAPA DA REALIDADE PRESENTE

Inicio da noite: numa situação vergonhosa (no mínimo) de pagar uma disciplina num bloco (que ainda nem terminou de ser construído), pelo fato de no bloco de origem do meu curso não ter sala suficiente para abrigar seus alunos e professores em aula. Tal bloco, é do curso de biologia, é até bonito, uma construção que acho que nunca verei pelas bandas das ciências humanas, dirá as sociais, da Universidade Federal de Alagoas. A despeito de tamanho absurdo, não é bem desse relato que se trata este post.

A NOSTALGIA

No caminho para tão (in)esperada aula, por volta das 18h30, por questões de seguraça (tal prédio localiza-se nos confins da Universidade, e pela noite se torna ermo) passamos pelo bloco de odontologia, que neste horário já não encontramos nenhum estudante (pois se trata de um curso diurno) e foi justamente neste último onde minha nostalgia aflorou como flores na primavera.


Há 20 anos astrás, quando eu tinha 6 anos de idade, minha digníssima mãe mantinha uma banca de livros no bloco acima referido, e muitas vezes me levava com ela para acompanhar sua jornada diária de vendas.
E foi algo, até diria transcedental, o que me aconteceu ontem: quando passei pela entrada a qual a banca de minha mãe ficava, e que hoje apenas encontram-se bancos, reportei-me mentalmente aquele ano de 1990.

Com os meus saudosos 6 aninhos, ainda na "alfabetização" (naquele ano ainda existia essa modalidade escolar), pequenina, carregando comigo alguns dos meus gibis da Turma da Mônica e uma boneca qualquer, chegava no trabalho de mamãe. Ela arrumava todas a prateleiras, conferia algo em algum papel (lembrar o que era já é exigir demais da minha memória), enquanto eu arquitetava na mente o que ia fazer depois de ler meus gibis.

Passadas duas ou três horas desde que chegamos, eu já não me aguentava quietinha ao lado de minha mãe; era então, quando começava a explorar curva por curva daquele bloco. Eu e o meu pouco tamanho, se perdendo no meio de jovens de branco, sentindo o cheiro do laboratório de próteses e o ruído das brocas que perfuravam algum dente de alguma boca de mentirinha!

Lembro mais ... Na hora do intervalo daqueles futuros odontólogos, me sentava com alguns e era a sensação (a menininha de franjinha e bochechas redondas - as coitadas foram tão friccionadas) não me lembro exatamente do que falávamos, mas eu ria muito! Acabando aquele intervalo era hora do meu intervalo. Voltava para a banca de minha mãe, sentava e tomava um lanche, que ela preparava antes de sair de casa.

Logo após reestabelecer minhas energias (que não sei da onde surgia, visto minha miúdeza) voltava a explorar - até minha mãe terminar seu trabalho, acredito não ter deixado escapar uma brecha do prédio, me enfiava em tudo que era buraco.

De todas as aventuras pueris vividas naquele ambiete, o melhor de tudo, e que nunca vou me esquecer: a temperatura sempre agradável e o cheiro que a vegetação dali exalava!! num mezanino que ficava entre dois corredores de salas de aula e laboratórios, era onde eu sempre visitava antes de ir embora...lembro de flores laranjas que cresciam entre o mato verde e pensava no auge da minha imaginaçao fértil: são plantas carnívoras - nunca as peguei como medo delas comerem minha mão oO rsrsrssrsrs


Pois é ... no fim, nem tivemos a tão famigerada aula...!

Como o papo é nostalgia, VILAREJO da Marisa Monte me faz voltar ao longe! Curtam

4 comentários:

  1. ownti, tão bunitinho... eu só fiquei pensando em tu nessa idade, acho até que já vi alguma foto sua com essa pequenês toda

    e tem como não fazer um paralelo com a amarelinha da vitoria? fiquei realizando tu de vestidinho ou de roupinha suja de se ajoelhar pra entrar nos cantinhos escondidos...

    amei o post! faz outro, faz!!! memória vc já mostrou que tem de sobra... heheheh

    \o/

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  2. e uma comentário só pra dizer outra coisa: tu ainda vem dizer que escreve mal é sujeita???

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  3. adorei o post babi!! como diz o Julio fiquei imagino vc desse tamanho, beijos.

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  4. só pela escolha da música já me ganhou. ñ fosse isso, me deparei com um mundo da babí q eu ainda ñ conhecia. concordo com o arantes, vc escreve bem sim. o texto é de uma leveza e delicadeza notáveis. parabéns mesmo, ñ somente pelo texto em sim, mas por ter tido momentos tão singulares como o descrito no post. Agora tá explicado tanto afinco com a dialética, já fuçava a teoria do velho barbudo entre um buraco e outro q se escondia neh...
    (ah, só pra constar, pelo visto encontrou uma bela forma de sair angústia do dia).
    amooooooo

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