quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O FANTÁSTICO MUNDO DE ÉMILE DURKHEIM


Pra começar acho necessário um "vôo" rasante sobre o pensamento positivista: Corrente iniciada por Auguste Comte na primeira metade do séc. XIX até seu apogeu no séc XX; também sobre o aspecto social e moral da sociedade. O positivismo considera que o homem passa por três estados: o teológico, o metafísico e finalmente o positivo onde não se busca mais os "porquês", mas sim "como", ou seja, observa-se os fenômenos subordinando a imaginação a observação. Em suma o positivismo procura explicações para as questões práticas da vida social, deixando para trás as tantas teorias quanto à existência e da concepção do homem.


O século XIX foi marcado por diversas inssureições, crises, descontentamentos e com isso produzindo uma determinada desordem. No cerne político, econômico e social, a sociedade em que ele observava - a francesa, não se encontrava de maneira satisfatória a fim de satisfazer as necessidades gerais dos indivíduos.


A preocupação com uma ordem, uma moral e uma ética foram marcos no pensamento tanto de Comte como de Durkheim. Assim podemos entender que a observação dos fatos como eles realmente são, dão ênfase para que se possa desencadear uma série de mudanças a fim de se estabelecer controles. Durkheim tinha grande interesse em entender fatores como a coesão e a permanência das relações sociais.


Consideremos então o pensamento Durkeimiano como uma cadeia em que, a partir de uma coesão entre os indivíduos, uma consciência coletiva onde se mantém uma determinada moral coexistente com uma coesão e também com o constragimento, garantindo ai uma lineridade comportamental de acordo com determinado grupo e suas leis.


Logo, podemos deduzir que a teoria de Durkheim seja um tanto quanto estreita, de modo que o indivíduo é apenas submisso a essas regas e à sociedade, não participando ativamente da construção de sua própria história. Sendo mais específica, podemos comparar este pensamento a um trilho de trem, onde o mesmo vem reto e a qualquer objeto disposto nesse trilho ele descarrilará. Portanto, se a coletividade é uma máxima no pensamento de Durkheim, todos devem correr para o mesmo lado, mesmo não querendo por algum motivo, mas para manter determinada ordem e não se submeter às punições previstas, devemos correr para tal lado, independente deste ser um abismo?


Claro que nossa consiência é formada por uma síntese de múltiplos fatores, e estes também são determinados, às vezes, por ações conjuntas com outros indivíduos, mas daí a ser apenas disposto a esses fatores é um tanto quanto inaceitável. Pois, nós somos compositores da nossa própria história, com isso, historicamente moldados pelas relações sociais (antagônicas) que nos colocam em determinado patamar social. Não somos soldadinhos dos contos sociológicos de Durkheim, dotados apenas de relativa liberdade, que num estalar de dedos mudamos o curso das nossas vidas.


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