sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Observação na passagem da paisagem

Meus caros, 3 leitores e para os que acessam e derrepente não postam (prefiro acreditar que existe). Peço desculpas pelo tempo que passei ausente. É que as vezes dá um apagão danado.

Vamos ao post, ao simples e pequenino post.

Logo após sair da casa de tortura que alcunham de "academia", quase levei no meio da face uma bandeirada, e pior que isso, uma bandeirada da propaganda do candidato ao gobverno Teotônio Vilela. Não havia menos de 20 pessoas segurando bandeiras em todos os lados da rua, panos estampados com a cara feia daquele homem, e isso me assustou.

Mas algo que me chamou a atenção foi o comentário que uma das mulheres ,que segurava uma bandeira, falou para sua colega: "Cuidado com o fio, porque a gente morre eletrocutada e o governador fica ai vivo" Noooooooooooossa! eu não me contive e retruquei: "é isso mesmo".

E mais a frente, mais e mais pessoas agitavam aquele mar de bandeiras horriveis. Tinham pessoas de todas as idades; todos vermelhos de levar sol e visivelmente com os braços cansados de segurar aquele aparato. De cara me veio um assunto na caxola: o exército de reserva do mundo do trabalho.

Não tratarei em pormenores do assunto, isso fica para um post futuro. Mas, fica claro que aquelas pessoas que ali estavam não estavam inseridas no mundo formal de trabalho, com contrato por tempo indeterminado e todos os outros pequenos direitos que o trabalhador ainda tem.

Recebem por volta de 20,00 ou 30,00/ dia para ficarem ali, prostrados, fazendo propaganda de alguém que derrepente nem é seu candidato.

Mas porque será?! Por que será que ainda existe este exército. Messmo correndo o risco de parecer reducionista explico: o fato é que a necessidade de ter mão de obra barata é do mercado e do capital. Quanto mais necessitados, mais flexibilidade/precarização nas relações de trabalho. Então, tais candidatos progressistas, democratas, enfim de direita, teriam mesmo a intensão de acabar com essa disparidade? Por que? se eles mesmos são subservientes do sistema capitalista.

Eh, não é preciso ser especialista em ciência política para entender pra quem realmente estes senhores feios servem. E não é a nós, tenha certeza.

Faltam 8 dias para as eleições, e agora?! Bom se perguntar enquanto ha tempo.

O Estado pra mim e pra vc? ou um Estado para o Capital?





3 comentários:

  1. Muito boa observação! em todos os acontecimentos do cotidiano, mesmo aqueles que parece insignificantes, é possível observar a exploração do homem. Nessas épocas eleitoreiras então, eles vem à tona com mais força. E em todos eles, como por exemplo na fala da senhora, a luta de classes grita que permanece atual. E permanecerá enquanto houver exploração!

    Parabéns! Tirou as teias de aranha com (luta de) classe!

    =***

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  2. teias reflexivas são necessárias, minha cara. pois é, e como esse exército tá latente em nosso modelo de sociabilidade. bem, para comentar o final do post, eu fico com o Lênin, em O Estado e a Revolução: "o Estado é o conciliador dos inconciliáveis". pode ter certeza, assim ele ñ é nem pra mim nem vc...

    bjos, morganita!
    a simplicidade é seu forte. simplicidade sim, pobreza de ideias, não mesmo!!!!!!!

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  3. è verdade Babi, concordo com você! Precisamos pensar muito bem, porque hoje em dia não existe a tão falada "democracia" existe um emaranhados de interesses pessoas, nos quais a evolução do bem estar da população não esta incluído.
    Bjus moça!

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