Eu preciso dizer...

Quando você gosta de alguém até ir ao supermercado com a pessoa se torna legal. Comprar um vinho pra assistir um filme a dois, ou com um bando, mas ao lado de quem você gosta! É tudo tão bom...

Acredito que o amor está presente nas pequenas ações diárias (quando me refiro à pequenas, comparo com atitude apoteóticas e as vezes até exibicionistas demais). Afinal, o cotidiano não permite tamanhas construções, portanto as minúcias me interessam mais.

Aqui, agora e já venho homenagear um homem muito importante na minha vida. Um companheiro e tanto. Júlio Arantes.

De certo nossa relação foi um divisor de água na minha vida. Pode-se dizer: a Bárbara de 6 anos atrás e a Bárbara de hoje. Logicamente que eu mudaria em 6 anos, caso contrário eu estaria parada na história. Mas, quando eu falo de mudança, não são poucas, pequenas, são grandes e consideráveis.

Politicamente eu encontrei um parceiro que me mostrou e ainda mostra uma diversidade de teorias e como vivemos cotidianamente rodeados delas. Participei de palestras, li textos por ele indicados, enfim, uma infinidade de meios que inicialmente só ele me mostrou.

Eu, no auge da minha concatenação ideológica, pus em cheque minha posição política e social nesse mundo: Quem sou eu?! Daí então, o casulo da metamorfose foi se abrindo.

Pessoalmente, foi com ele que me propus a me entregar como diz o cliché "De corpo e alma" é, senhores, senhoras e senhoritas. Este moço de madeixas douradas e 1m85cm de altura foi responsável, também, por fazer me encontrar como mulher e amante. Pois ele, como nenhum outro, recebeu meus afagos com respeito e sensibilidade, digno de um homem que merece ser amado.

Mas junto a ele, além de aprender muito, pude, de camarote, observar seu crescimento nos campos recíprocos aos que citei acima.

Juntos, vibramos as conquistas por ambos alcançadas. Puder ver - e vejo - o quão ele voou e voa até os dias de hoje.

Recém mestre, e atual doutorando, mudou-se para terra da garoa (terra essa que ambos somos apaixonados) rumo ao destino que ele mesmo traça, talvez recém descoberto na sua cabeça, mas por si só muito bem desenhado.

Como na vida de todo mortal, há percalços em todo caminho, choramos, sofremos, passamos mal bocados juntos. Mas todos, acredito que todos mesmo, os de ontem e os de hoje, foram humanamente superados. Se há resquícios de dor tenho certeza que não se compara as mais cortantes e latejantes que já passamos.

Agora, me resta saudades desse “jornaliiiista” (interna) que sem dúvidas vai ficar no meu coração, alma, corpo, mente, eternamente. Reinventaremos novas histórias. Com ele aprendi que o passado deve ser guardado no passado, o presente a gente vai vivendo, criando e o futuro também.

Eu, seu muito bem o futuro que eu desejo. Em breve sei que nos reencontraremos para escrever uma nova história no livro da nossa vida. Seja lá como for.

Julinho, te desejo o melhor do mundo pra vc! E muito do que sou hoje, realmente, devo também a você!

Amo vc.