terça-feira, 21 de junho de 2016

Mais um inverno!

Fui adolescente nos anos de 1990 até início dos 2000. Meus amigos sempre contavam como acontecimento a virada do 14 pros 15, dos 17 pros 18 – Eh, maioridade!  e na fase adulta dos 29 pros 30. Bem, eu fui dessas. No entanto, o sentimento em cada fase era diferente. Lembro que completar 18 anos, pra mim, era como se eu fosse acordar em outro mundo (pra resumir toda viagem da minha cabeça). Bem, não foi assim, óbvio. Quando passei pros 20, comecei a parar de abstrair os números. Como uma pessoa que tem responsabilidades desde muito nova, parei pra pensar que nenhuma idade ia ser tão diferente. Apenas um pouco mais de exigências. Bem, parei de contar. Mas, a sombra dos 30 permeou os dias que antecederam 21 de junho de 2014. Po! 30? Uau! Fiquei pensativa, mas não com aquela ansiedade adolescente, era uma revoada de pensamentos que mesclavam retrospectivas e planos; dúvidas e certezas. Num dos comentários no facebook, uma amiga me felicitou enaltecendo como era bom fazer 30 anos. E olha, só li verdades naquelas palavras. A gente começa a ver o tanto que passou e pensa… eita, cheguei até aqui? É emblemático, icônico pra nós mesmos, para nossas memórias. 
Hoje, passaram-se 2 anos desde aqueles 30 e com 32 eu sou só orgulho de poder está amadurecendo e isso não tem nada haver com um ciclo de 12 meses apenas, mas do que acontece a cada dia deste processo. E do que eu desejo que ocorra em diante. Tenho meus medos, minhas preocupações, mas hoje, 21 de junho de 2016 eu só quero passar cada hora do meu dia, sim meu dia, com a calma que preciso e com a auto-apreciação (que se perde na maioria dos dias) que preciso; oxigenar o juízo e encher o peito de ar, fôlego pra aguentar cada ciclo deste processo que é viver!



Maceió, inverno de 2016.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Petit


Tanto por nada (?)
Micro conto dos parênteses.

Números
títulos
(des)ordem crescente
carimbos
compromissos
Expectativas de um descrente

Laudas
Referências
Experiências
Latente demência
Desperdício sectário


Afinal, (dis)funcional.



BabiSuell
São Paulo, inverno 2014.

sábado, 21 de junho de 2014

"De repente 30"


O 30º tom: o da saudade!

Desde pequena, apesar das tantas diversidades passadas por minha mãe, em criar uma filha sozinha: pouco tempo disponível, muitas vezes grana curta, muito trabalho, ela sempre dava um jeito de celebrar meus aniversários, SEMPRE! Fosse de um bolinho com os coleguinhas da rua, a um festão com um monte de convidados. Nunca, mas nunca em toda minha infância fiquei sem uma celebração nos 21 de junho.
Eram dias esplêndidos pra mim, pois toda a preparação se dava em casa. Mainha e suas amigas a fazer doces, salgados, bolos; no restante da casa, o cheiro de látex das bolas de sopro e o aroma da cozinha tomava conta. E eu?! Sentindo frio na barriga, ansiosa pela noite que estava por vir.
Eis que a noite chegava, e eu, vestindo roupa nova, recebia os convidados, já brincando e empolgada, entre os amigos de minha mãe, e os coleguinhas da rua, já tratava de começar a festa! A cama, repleta de presentinhos que iam de bonecas à chocolates. Enfim, eram festas que jamais serão esquecidas pela minha pessoa até o fim dos meus dias. Por essas e outras é que valorizo tanto as confraternizações de aniversário. Você, se sente amada, lembrada, ou, minimamente, importante.
2014: há dois anos moro em SP, vim pra cá aos 27 e já fiz dois aniversários aqui (esse é o 3º). Logo, minha “gangue”está toda em Maceió. Os poucos (são poucos mesmo) amigos, colegas, conhecidos que tenho em SP, nem sempre estão disponíveis por conta das condições objetivas que a própria cidade impõe; ou os que simplesmente são indiferentes, acontece! Assim, a empolgação do dia é inexistente. Pois não tenho tido muito o que esperar no fim deles!

Não queria parecer bucólica, introspectiva, mas desde quem ganhei consciência da vida real, aquela para além das minhas bonecas, dos salgadinhos, doces e bolo, que eu me deparo ano a ano fazendo balanço do que tem sido essas passagens de idade, absorta em perguntas do tipo? E o que eu fiz? E o que eu sou? Entre tantas outras interrogações existencialistas. Mas, é uma equação simples de explicar: o tempo também altera o mundo, logo sua história. Então, envelhecer não se trata apenas de ter cabelos brancos (isso eu tenho desde os 26), rugas, um número a mais pros registros, o creme que passa de 25+ para o 30+. É, antes de tudo, renovar a coragem pra enfrentar o universo que lhe cerca. Eis que volto ao ponto inicial, que, apesar de já ser uma mulher madura, o lúdico, os momentos comemorativos com festa, são sempre bem vindos, ora, por que não? Eles dão a leveza que a gente precisa! É como se colocar, mesmo que por um dia, numa realidade paralela.
Parece supervalorização desmedida, mas não é! O que existe, pra mim, são boas histórias, boas memórias, das celebrações dos meus aniversários. E na atual conjuntura da minha vida, as saudades, no dia mais significativo da minha vida, vem com força por estar longe dos meus!

Mas,obviamente não quero desmerecer aquele que ao meu lado torna esse saudosismo menos cortante, me acompanhando, festejando ao meu lado das tantas maneiras que dá pra se fazer a dois. Meu companheiro Júlio.

No mais, sentir saudades há de ser um bom sinal, pois, como disse Florbela Espanca:

"Esquecer! Pra quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão."


E é pra você, minha mãe, que dedico mais um ano da minha vida, afinal, você que sempre deu seu jeito pra que esses dias fossem pra eu me sentir mais especial.
Em 21 junho de 1984, deu-se por finita a agonia e a ansiedade de uma gestação difícil, quase que impossível, pra sra. Obrigada pelos esforços: em me trazer ao mundo e me manter nele!

São Paulo, 21 de junho de 2014.

sábado, 15 de março de 2014

MOLHO VERMELHO ALTERNATIVO


Há 5 meses, aqui em casa, decidimos tornar nossa alimentação o mais funcional possível.

Como funcional?!

Inserindo temperos, grãos, farelos, vegetais e frutas, gordura boa no preparo das principais refeições do dia. Ou seja, além das funções nutricionais básicas, quando consumido, como parte da dieta habitual, produz efeitos benéficos à saúde. Porém, o molho de tomate aqui em ksa, embora pouco utilizado, ainda era os de pacote! Então, decidimos fazer o nosso proprio molho, sem aditivos quimicos, com qtde de sal e temperos a gosto.
MAS, os preços do fruto estão exorbitantes (de novo). Aqui em SP, no mercado perto de casa, tá custando até 9,99 o Kg.
Então, descobri uma  maneira alternativa de fazer molho vermelho, pra acompanhar qq massa e até carnes. Não é de tomate, mas olha, tem um efeito muito similiar e o gosto é delicioso. Contém cenoura, beterraba, e temperos diversos.
No quesito funcional, a cenoura contém betacaroteno que é bom pros cabelos, pra pele, pros olhos, dentes, gengivas... (Para maior aproveitamento do betacaroteno, é melhor consumi-los crus e com uma fonte de gordura como o azeite.)
Já a beterraba, tem uma porção de benefícios.

Na boa, ficou delicioso! Hj, o molho acompanhou panquecas de massa integral (outro dia posto aqui a receita). Ficou jóia!

PS: PRA QUEM FEZ CARA FEIA QUANDO VIU QUE TEM BETERRABA, EXPERIMENTE QUE VAI SE SURPREENDER COM O SABOR!


Tome nota da receita


2 colheres de sopa de azeite de oliva
3 cenouras, descascadas e cortadas em pedaços médios
½  beterraba grande, descascada e cortada em pedaços médios
½ cebola picada
2 dentes de alho picado 
1 colher de chá de vinagre de maçã ou de arroz
2 colheres de sopa shoyu
3 copos de água
1 colher de sobremesa de orégano seco
1 folha de louro
1 pitada de noz-moscada
2-3 colheres de chá sal marinho
½  xícara manjericão fresco picado + 1/4 de xícara para o final

Modo de preparo:Aqueça o azeite em uma panela de fundo grosso em fogo médio. Adicione a cebola e o alho e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 5 minutos, até que as cebolas fiquem translúcidas. Adicione a cenoura, a beterraba, a água, o orégano, o shoyu, o vinagre, a folha de louro, sal, manjericão e tampe a panela. Deixe ferver. Em seguida, abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 30 minutos (se for em panela sem ser de pressão), até que os vegetais estejam bem macios.  Bata a mistura no liquidificador ou misturador da sua preferência e ajuste o tempero se necessário. Adicione a outra metade do manjericão picado e leve ou fogo por mais 5 minutos e sirva.


Abaixo, o resultado visual!



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Again





Fine line of trying not scatteredFine line of certainties, shortest distance between two distinct points imaginable.
Obstacles are the points in the "is" hyperbole mathematics, figurative hyperbole, that diverts planes, but connect to others.



Me

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

BE-A-BA DO EU

Essas pernas que não param
Esses olhos que não brilham
Esses olhos que não fixam
Essa boca que não fala

Minhas mãos que não alcançam
Minhas tentativas que cansam
em frustrações que balançam

Dias cinzas, dias azuis,
indiferenças em plena luz
Acompanham desacompanhando
esse movimento cotidiano

Não tenho pressa, mas não me rendo
Dia desses eu aprendo
o be-a-ba desta selva
que eu decidi explorar


Babi Suell

quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Poetize-se"

Mas se...
Babi Suell Cardoso

Se for falar de culpa, tenho não!
Se for falar de dor, quem nunca?
Se for falar de amor, encuca.
Se passado for, desgruda.

Se falar de memória, esquece!
Se for falar de boas memórias, enaltece!
Se for falar de mar, mergulha

Se for correr, segura
Se for deixar, pense
Se for continuar, espere