A medida em que o tempo passa parece que o mundo sacode e vira tudo de cabeça pra baixo. Porque digo isso? Bem, diante de todas as crises econômicas capitalistas, a miséria atrelada ao nome de assistencialismo norte-americano (vide Haiti), desemprego, miséria, esbarramos com a internalização, pelo homem, de tais mazelas. Serei bem simples no que estou tentando dizer.
Há dias, eu e meu olho observador de tudo e de todos, venho sentindo um dissabor no que se diz respeito as relações cotidianas entre os homens. De fato, essa não é a primeira vez, mas agora falo do tato, do contato impessoal, do simples olhar ao estranho. Da barbarie em que está se tornando o mundo dos homens.
Há alguns dias, uma série de situações me chocaram, e me deu certo medo, um pânico mesmo. É um pedido de desculpa que você não ouve depois de um empurrão, um estranhamento do outro quando você pede desculpa por ter pisado no pé (tem gente q vira a cara!), a selvageria pra entrar no coletivo ao ponto de não respeitar nem os idosos que tentam descer enquanto uma turba de primitivos tentam subir a qualquer custo, é a pessoa preferir se machucar, te bater ao invés de pedir uma simples licença! oO empiricamente é muito mais tenso do que se imagina.
A antropologia nos mostrou uma infinidade de teorias acerca do surgimento do homem. O antropólogo francês Edgard Morim delineava o homem como constituido de um lado animal e um lado cultural, o instinto e o meio: os lado sapiens-demens do Homo. Segundo Morim, o sapiens-demens é: "Um ser híbrido que produz a desordem. É como chamamos loucura à conjunção da ilusão, do desconhecimento,da instabilidade, da incerteza entre o real e o imaginário,da confusão entre o subjetivo e o objetivo, do erro, da desordem somos obrigados a ver o Homo Sapiens como Homo Demens."
Mas enfim, não quero mesmo enaltecer teorias (em cima do muro) antropológicas que metodologicamente esquece de analisar as relações humanas como deveria. Mas a luz dessa teoria moriniana, acredito que o homem de hoje, diante de todas as intempéries que lhe são servidas de bandeja, acaba que por ceder ao seu lado mais animalesco, mais selvagem. E o que mais preocupa nisso tudo é com o processo é progressivo - a medida em que a historia vem seguindo seu curso - e como tal barbárie acaba por ser naturalizada por estes mesmos homens. É o individualismo crescendo exponencialmente, são as ideologias dominantes que preservam esse arcabouço. Depois de tanto, a pegunta que sempre fica: e agora, aonde vamos parar?!
Há dias, eu e meu olho observador de tudo e de todos, venho sentindo um dissabor no que se diz respeito as relações cotidianas entre os homens. De fato, essa não é a primeira vez, mas agora falo do tato, do contato impessoal, do simples olhar ao estranho. Da barbarie em que está se tornando o mundo dos homens.
Há alguns dias, uma série de situações me chocaram, e me deu certo medo, um pânico mesmo. É um pedido de desculpa que você não ouve depois de um empurrão, um estranhamento do outro quando você pede desculpa por ter pisado no pé (tem gente q vira a cara!), a selvageria pra entrar no coletivo ao ponto de não respeitar nem os idosos que tentam descer enquanto uma turba de primitivos tentam subir a qualquer custo, é a pessoa preferir se machucar, te bater ao invés de pedir uma simples licença! oO empiricamente é muito mais tenso do que se imagina.
A antropologia nos mostrou uma infinidade de teorias acerca do surgimento do homem. O antropólogo francês Edgard Morim delineava o homem como constituido de um lado animal e um lado cultural, o instinto e o meio: os lado sapiens-demens do Homo. Segundo Morim, o sapiens-demens é: "Um ser híbrido que produz a desordem. É como chamamos loucura à conjunção da ilusão, do desconhecimento,da instabilidade, da incerteza entre o real e o imaginário,da confusão entre o subjetivo e o objetivo, do erro, da desordem somos obrigados a ver o Homo Sapiens como Homo Demens."
Mas enfim, não quero mesmo enaltecer teorias (em cima do muro) antropológicas que metodologicamente esquece de analisar as relações humanas como deveria. Mas a luz dessa teoria moriniana, acredito que o homem de hoje, diante de todas as intempéries que lhe são servidas de bandeja, acaba que por ceder ao seu lado mais animalesco, mais selvagem. E o que mais preocupa nisso tudo é com o processo é progressivo - a medida em que a historia vem seguindo seu curso - e como tal barbárie acaba por ser naturalizada por estes mesmos homens. É o individualismo crescendo exponencialmente, são as ideologias dominantes que preservam esse arcabouço. Depois de tanto, a pegunta que sempre fica: e agora, aonde vamos parar?!
Segure-se quem puder! E se assim é, então parem o mundo que eu quero descer!
ResponderExcluirO Capitalismo combina perfeitamente com determinadas série de disposições humanas que estiveram latentes (ou não-desenvolvidas) em outras épocas não-capitalistas. Se eu digo isso, é porque acredito que o ser humano carrega consigo potenciais formas universais de se relacionar, as quais são modeladas pela cultura ao que está inserido.
Porque eu digo que o capitalismo se combina perfeitamente com algumas disposições à ação do indivíduo, tal qual encontramos hoje? Ora, a princípio, que fique claro que o termo "perfeito" não vem defender aqui que se trate de uma coisa "boa". No máximo, diz-se que é uma condição fundamental para engendrar um tipo de combinação que vai permitir a prática de determinadas ações. Assim sendo, esclareço que o que é perfeito não é o capitalismo nem o individualismo, e sim a relação entre um e outro. Jogando fora essas delongas e indo às vias de fato, devemos compreender que os quadros analíticos aos quais o ser humano ocidental proveniente de uma sociedade desenvolvida se insere socialmente é determinado por uma época específica do qual ele faz parte enquanto ser existente. De outro modo, digo que as relações as quais ele faz parte estão determinadas pelo capitalismo (que é, além de um sistema econômico, um sistema social que aplica práticas específicas, geralmente racionais em busca da satisfação individual ou de um grupo fragmentado). Assim sendo, valores latentes são alimentados e incitados a serem postos em prática. Valores como a ganância, a ambição, a ideia de vantagem em relação a outros, competição e egocentrismo. Todas elas compõem o conjunto de ideias sobre o individualismo (reitero, conceito que vai além da condição econômica, mas social), e o desafio está em que: não se sabe, dentro da sociedade capitalista com tais valores arraigados, como os indivíduos devem produzir valores que venham a ser contra os valores que a Ordem capitalista estabelece. Uma das sugestões seria através da reflexividade e crítica ao sistema social, no entanto isso é conseguido somente por poucos intelectuais, quando é a grande massa populacional e os sujeitos que fazem a empresa acontecer que devem ter essa noção. Se por um lado a massa não consegue chegar à essa conclusão por ausência de uma educação "libertadora" (afinal, não é comumente do interesse dos gestores educacionais que se faça uma educação que vá conta os valores estabelecidos atualmente, como a busca pela inserção no mercado de trabalho ou uma vida ortodoxa estabelecida dentro do sistema). Por outro lado, os sujeitos manutenedores da empresa capitalista negam quaisquer formas de mudança de plano econômico-social que não venham a lhes dar mais lucro do que o que ganham agora.
Os críticos da ideia de "massa" tendem a criticar as teorias frankfurtianas, por exemplo, de que tal ideia tende a anular a tomada de decisões reflexivas no âmbito individual. No entanto, trabalhar com o individual diante de uma dinâmica social que pressupõe relações sociais mediadas por relações de classe tende a anular o debate das relações de exploração e de compartilhamento de valores.
Afinal, de que adianta somente eu ou você termos noções críticas desses valores individuo-capitalistas e lutarmos individualmente pra transformarmos toda uma sociedade?
e buscar as possíveis causas acaba nos conduzindo a uma reação em cadeia estranha, que não parece ter começo ou fim. parece que, diante do quadro social de estagnação, por não haver perspectiva de mudança aparente, o homem esqueceu o todo e está muito mais preocupado em sobreviver, doa a quem doer, custe o que custar. se gentileza gera gentileza, agressividade gera agressividade...
ResponderExcluirOxeee, tô com medo também!
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